O Fantástico teve acesso com exclusividade a um vídeo de um depoimento que mostra como funcionou a chamada “Fábrica de Espiões” da Rússia no Brasil. O esquema foi além da falsificação de documentos. Reportagem do The New York Times apresentou lista de nove espiões russos que atuavam no Brasil
Reprodução/TV Globo
Durante anos, o Brasil serviu de palco para uma operação silenciosa e sofisticada: a criação de identidades falsas para agentes russos.
Pelo menos nove espiões estão envolvidos no esquema, revelado por investigações da Polícia Federal em colaboração com serviços de inteligência estrangeiros. Esses agentes usavam nomes brasileiros, viviam em cidades como São Paulo e Rio de Janeiro e levavam vidas aparentemente comuns, até serem desmascarados.
O caso mais conhecido é o de Sergei Cherkasov, que usava o nome Vitor Ferreira. Em abril de 2022, ele chegou a conseguir um estágio no Tribunal Penal Internacional em Haia, mas foi barrado na imigração holandesa após alerta dos EUA. Enviado de volta ao Brasil, acabou preso.
O Fantástico teve acesso com exclusividade a um vídeo de um depoimento que mostra como funcionou a chamada “Fábrica de Espiões” da Rússia no Brasil. O esquema foi além da falsificação de documentos. Veja abaixo.
Apesar da acusação de espionagem, o Ministério Público Federal ainda não conseguiu comprovar nenhum ato concreto, e sua prisão se mantém por decisão do STF, enquanto a Rússia pede sua extradição sob pretexto de tráfico de drogas.
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Quem são os espiões russos?
O jornal The New York Times apresentou, em uma reportagem publicada na última semana, uma lista de nove espiões russos que atuaram no Brasil. Esses espiões apagaram os rastros de seu passado russo e, por aqui, criaram identidades inteiramente novas.
Veja quem são os espiões citados na investigação:
Sergei Cherkasov – usava o nome Vitor Ferreira
Artem Shmyrev – usava o nome Gerhard Daniel Campos Wittich
Aleksandr Andreyevich Utekhin – usava o nome Eric Lopes, se apresentava como joalheiro
Vladimir Danilov – usava o nome Manuel Francisco, vivia com uma parceira
Yekaterina Danilova – usava o nome Adriana Carolina Pereira, vivia com Manuel
Nome russo não revelado – usava o nome Maria Luísa Dominguez Cardoso.
Outros três agentes russos, cujos nomes brasileiros não foram revelados, deixaram o país rumo ao Uruguai.
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