Passageira contou à polícia que o condutor não quis esperar 40 minutos de engarrafamento e decidiu retornar pela contramão. Ministério Público o denunciou por dupla tentativa de homicídio qualificado. Motorista de app entra na contramão na Ponte Rio-Niterói para evitar trânsito e provoca acidente grave
Um motorista de aplicativo foi denunciado pelo Ministério Público por dupla tentativa de homicídio qualificado após provocar um grave acidente ao dirigir na contramão da Ponte Rio-Niterói. De acordo com a passageira, o condutor decidiu retornar pela pista errada para evitar um trajeto 40 minutos mais longo.
O caso ocorreu em fevereiro do ano passado, por volta das 22h de uma quarta-feira. Imagens do sistema de monitoramento mostram o momento em que o carro, já na contramão, quase colide com outros veículos. Motoristas que vinham no sentido contrário conseguiram desviar, mas uma moto não teve tempo de reagir.
A batida foi frontal e os dois ocupantes da motocicleta foram arremessados ao chão. No local, apenas o condutor da moto conseguiu se mover logo após o impacto. As vítimas foram identificadas como Jandyr Gonçalves Vieira, que é policial civil e pilotava a moto e a namorada dele, a médica Luciana Damas Fernandes.
Jandyr teve lesões nas costas e na cabeça – relatou que ficou 6 meses sentindo vertigens. Luciana rompeu todos os ligamentos do joelho, além de sofrer escoriaçõs e uma fratura em um dos dedos da mão. Ela ficou 6 meses de muleta sem poder colocar o pé no chão.
A passageira do carro de corridas por aplicativo contou à polícia que havia chamado a corrida no bairro Vila Valqueire, na Zona Norte do Rio, com destino à Lapa, no Centro. Segundo seu depoimento, a viagem transcorria normalmente até o momento em que o motorista, Wesley da Silva Floriano, de 43 anos, perdeu a saída e seguiu em direção a Niterói.
Ela relatou que, ao perceber o erro, ele comentou que não perderia mais 40 minutos no trânsito e, apesar de sua discordância, decidiu dar “um jeito”.
Em depoimento à polícia, Wesley afirmou que o GPS travou e que, por engano, subiu na Ponte em direção a Niterói. Ele disse ainda que acreditou ser possível retornar pela contramão, acionou o pisca-alerta e começou a descer pela pista oposta.
Para o Ministério Público, os crimes foram cometidos por motivo torpe. A denúncia afirma que Wesley agiu com crueldade e impossibilitou qualquer chance de defesa das vítimas. “Os crimes de homicídio contra as vítimas Jandyr e Luciana não se consumaram por circunstâncias alheias à vontade do denunciado”, escreveu o promotor.
O MP pediu à Justiça a suspensão imediata da carteira de habilitação de Wesley e a exclusão do seu cadastro em aplicativos de transporte por aplicativo.
Wesley não quis falar com a equipe do RJ2.
Um motorista de aplicativo foi denunciado pelo Ministério Público por dupla tentativa de homicídio qualificado após provocar um grave acidente ao dirigir na contramão da Ponte Rio-Niterói. De acordo com a passageira, o condutor decidiu retornar pela pista errada para evitar um trajeto 40 minutos mais longo.
O caso ocorreu em fevereiro do ano passado, por volta das 22h de uma quarta-feira. Imagens do sistema de monitoramento mostram o momento em que o carro, já na contramão, quase colide com outros veículos. Motoristas que vinham no sentido contrário conseguiram desviar, mas uma moto não teve tempo de reagir.
A batida foi frontal e os dois ocupantes da motocicleta foram arremessados ao chão. No local, apenas o condutor da moto conseguiu se mover logo após o impacto. As vítimas foram identificadas como Jandyr Gonçalves Vieira, que é policial civil e pilotava a moto e a namorada dele, a médica Luciana Damas Fernandes.
Jandyr teve lesões nas costas e na cabeça – relatou que ficou 6 meses sentindo vertigens. Luciana rompeu todos os ligamentos do joelho, além de sofrer escoriaçõs e uma fratura em um dos dedos da mão. Ela ficou 6 meses de muleta sem poder colocar o pé no chão.
A passageira do carro de corridas por aplicativo contou à polícia que havia chamado a corrida no bairro Vila Valqueire, na Zona Norte do Rio, com destino à Lapa, no Centro. Segundo seu depoimento, a viagem transcorria normalmente até o momento em que o motorista, Wesley da Silva Floriano, de 43 anos, perdeu a saída e seguiu em direção a Niterói.
Ela relatou que, ao perceber o erro, ele comentou que não perderia mais 40 minutos no trânsito e, apesar de sua discordância, decidiu dar “um jeito”.
Em depoimento à polícia, Wesley afirmou que o GPS travou e que, por engano, subiu na Ponte em direção a Niterói. Ele disse ainda que acreditou ser possível retornar pela contramão, acionou o pisca-alerta e começou a descer pela pista oposta.
Para o Ministério Público, os crimes foram cometidos por motivo torpe. A denúncia afirma que Wesley agiu com crueldade e impossibilitou qualquer chance de defesa das vítimas. “Os crimes de homicídio contra as vítimas Jandyr e Luciana não se consumaram por circunstâncias alheias à vontade do denunciado”, escreveu o promotor.
O MP pediu à Justiça a suspensão imediata da carteira de habilitação de Wesley e a exclusão do seu cadastro em aplicativos de transporte por aplicativo.
Wesley não quis falar com a equipe do RJ2.