Onças, lagartos e homem pré-histórico: saiba como está o Parque da Serra da Capivara um mês após morte de Niède Guidon


Atualmente, o parque e seu entorno abrigam 1.558 sítios arqueológicos onde são realizadas 272 pesquisas, 112 destas ainda em desenvolvimento. Niède Guidon morreu aos 92 anos
Jornal Nacional/ Reprodução
Nesta sexta-feira (4), os piauienses e a comunidade científica recordam um mês da morte de Niède Guidon, arqueóloga responsável por liderar estudos que mudaram o entendimento sobre a presença humana nas Américas. O Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade Nacional (ICMBio) fará, dia 18 de julho, uma homenagem nacional a arqueóloga firmando acordo de preservação do Parque Nacional da Serra da Capivara.
✅ Siga o canal do g1 Piauí no WhatsApp
O parque, que foi fundado há 46 anos, continua na vanguarda de pesquisas e principalmente em manter o objetivo de preservação das descobertas e da biodiversidade da região.
“A partida dela (Niède Guidon), lógico, deixa um vazio imenso. A presença dela era força, visão, dedicação, mas a sua ausência não nos paralisa, ao contrário, nos inspira a manter vivo o que ela construiu com tamanha entrega”, afirma Marian Rodrigues, diretora do Parque Nacional da Serra da Capivara.
Atualmente, o parque e seu entorno abrigam 1.558 sítios arqueológicos onde são realizadas 272 pesquisas, 112 destas ainda em desenvolvimento, e entre elas, o monitoramento de onças pintadas. Dois felinos já são acompanhados de perto através de colares, mas pelo menos outros 11 foram identificados através de registros feitos pelas câmeras colocadas na região.
FOTOS: câmera flagra onça-pintada e filhotes passeando pelo Parque Nacional da Serra da Capivara; registro é inédito, diz chefe
Divulgação/Parque Nacional da Serra da Capivara
Outro exemplo é o projeto Monitora, que estuda os lagartos da região. Pesquisadores da Coordenação de Répteis do ICMBio montam armadilhas para identificar, conhecer e entender o comportamento de várias espécies que vivem na caatinga.
Onças, lagartos e homem pré-histórico: saiba como está o Parque um mês após morte de Niède Guidon
Divulgação
Aumento no número de visitações
O Parque Nacional da Serra da Capivara registrou um aumento de 18% no número de visitantes de janeiro a maio de 2025 comparado ao mesmo período do ano passado. Ao todo 15.939 pessoas visitaram o local, vindos principalmente do Piauí, São Paulo, Pernambuco, Bahia e Distrito Federal.
E os museus da Natureza e do Homem Americano apenas em junho, mês da morte de Niede, registraram 4.643 visitantes.
Um dia após morte de fundadora Niède Guidon, Parque Nacional da Serra da Capivara completa 46 anos
Reprodução
De acordo com Marian, diretora do parque, a permanência dos projetos e ampliação das ações científicas e sociais são a melhor forma de homenagear a arqueóloga franco-brasileira, que veio para colocar no mapa mundial as descobertas feitas nos municípios de São Raimundo Nonato, João Costa, Brejo do Piauí e Coronel José Dias.
“Então a missão é essa de cuidar do legado que foi construído com tanta luta. E essa seria também a maior homenagem que ela gostaria de receber. A estrutura segue funcionando. Executando o seu plano de ação, com foco na proteção, no monitoramento, na pesquisa, no uso público, na fiscalização. Ela (Niede Guidon) realizou um trabalho extraordinário, ela foi extraordinária, transformou a região, que há 40 anos era totalmente isolada, em uma referência mundial em arqueologia, preservação e patrimonial de desenvolvimento humano” reafirma Marian.
Onças, lagartos e homem pré-histórico: saiba como está o Parque um mês após morte de Niède Guidon
Reprodução
 📲 Confira as últimas notícias do g1 Piauí
📲 Acompanhe o g1 Piauí no Instagram e no X.
VÍDEOS: Assista às notícias mais vistas da Rede Clube
Adicionar aos favoritos o Link permanente.