
Segundo a delegada do caso, líder religioso selecionava vítimas com vulnerabilidade social para poder chantageá-las com presentes e viagens. Três vítimas de 16, 14 e 13 anos foram identificadas. Pastor foi preso na quinta-feira (3) em uma escola de dança no Bairro Martins, em Uberlândia
Polícia Civil/Divulgação
O pastor de 38 anos, que foi preso em Uberlândia suspeito de abusar sexualmente de adolescentes, promovia viagens para praticar os abusos contra as vítimas. A informação é da Polícia Civil, que já identificou três vítimas do líder religioso com idades entre 13 e 16 anos. O nome do indiciado não foi divulgado pela polícia.
As investigações ainda apontam que as vítimas do pastor evangélico frequentavam a igreja onde ele atuava, no Bairro Taiaman. Ele ainda as obrigava a chamá-lo de “pai”.
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Segundo a delegada de Polícia Civil (PC) responsável pelo caso, Daniela Novais Santana, os abusos ocorreram em um período de seis meses e o pastor escolhia as vítimas a partir de um grupo de jovens que ele tinha dentro da igreja, tendo preferência por jovens em situação de vulnerabilidade social.
“Até onde sabemos essa era a única característica em comum entre elas. Após selecionar essas meninas, ele passava a oferecer favores, presentes e até alimentos, como lanches no MC Donalds. Ele então se aproveitava da confiança que os pais das jovens tinham nele e levava as meninas para viajar, onde ele se aproveitava para praticar os abusos e inclusive usar de vocabulário sexual com elas”, esclareceu a delegada.
A prisão do pastor ocorreu no Bairro Martins, região central da cidade, enquanto ele estava em uma academia de dança. Ele não resistiu à prisão e escolheu ficar em silêncio.
O inquérito foi concluído e o pastor indiciado pelos crimes de estupro de vulnerável e importunação sexual. Ele foi levado para o Presídio Professor Jacy De Assis, em Uberlândia, onde ficará à disposição da Justiça.
Confissão à irmã da igreja
De acordo com Novais, as investigações começaram depois que a vítima de 13 anos contou para uma irmã da igreja tudo o que vinha ocorrendo. Em seguida, a mulher foi até a Delegacia Especializada em Atendimento à Mulher (Deam), fez a denúncia e as outras vítimas foram identificadas.
A delegada informou que não há suspeita de outras vítimas do pastor e a igreja em que ele ministrava os cultos, no Bairro Taiaman, não está mais em funcionamento.
A delegada reforçou a importância de a comunidade denunciar casos de violência sexual. As denúncias podem ser feitas diretamente na Deam, pelo Disque Denúncia 181 ou na Polícia Militar (PM), pelo número 190.
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Delegacia Especializada no Atendimento a Mulher, Deam Uberlândia
Gabriel Reis/g1 TV Integração
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