Oito em cada dez mortes por síndromes respiratórias no Sul de Minas são de idosos, aponta Secretaria de Saúde


As regionais de saúde de Varginha e Pouso Alegre concentram o maior número de óbitos nessa faixa etária, segundo dados da Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais. Oito em cada dez mortes por complicações de síndromes respiratórias registradas no Sul de Minas envolvem pessoas com mais de 60 anos. As regionais de saúde de Varginha e Pouso Alegre concentram o maior número de óbitos nessa faixa etária, segundo dados da Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais.
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A costureira Maria do Carmo Santos, moradora de Varginha, é um dos exemplos de quem enfrentou complicações respiratórias nos últimos meses. Após ser diagnosticada com pneumonia, ela precisou interromper o trabalho e segue em tratamento.
“Passei internada na UPA, tive muita dor nas costas, muita falta de ar, muita canseira. Até para subir da minha casa, que é aqui pertinho da loja, a canseira já vinha”, contou. Com o agravamento do quadro, ela também atrasou a vacinação contra a gripe. “Tomei da Covid e agora estou esperando liberar pra tomar a da gripe.”
Oito em cada dez mortes por síndromes respiratórias no Sul de Minas são de idosos, aponta Secretaria de Saúde
Hospital Regional de Varginha
De acordo com o médico pneumologista Fábio Gomes, a síndrome respiratória é causada por diferentes vírus, como influenza, rinovírus, vírus sincicial respiratório e o próprio coronavírus. Os sintomas incluem tosse, febre, dor no corpo e dor de garganta, podendo evoluir para quadros graves de pneumonia, septicemia e até morte.
“Entre os idosos, os sintomas são ainda mais graves, pois eles já têm a imunidade mais baixa e, muitas vezes, outras doenças pulmonares, como enfisema, bronquite ou asma”, explicou.
O painel da Secretaria de Estado de Saúde mostra que os números aumentaram neste ano. Em Pouso Alegre, as mortes por síndrome respiratória aguda grave em idosos passaram de 19 no primeiro semestre de 2023 para 27 no mesmo período de 2024. Já em Varginha, os óbitos subiram de 22 para 44.
Para a coordenadora de imunização de Varginha, Luana Alves de Oliveira Teixeira, parte dessas mortes e internações poderia ter sido evitada com a vacinação em dia.
“A vacina disponível hoje protege contra três tipos de influenza: H1N1, H3N2 e influenza B. E justamente neste ano, a Fiocruz já comprovou que 74% dos casos de síndrome respiratória aguda grave estão sendo causados pela influenza A”, alertou.
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