CNU 2025: como estudar e se preparar para as provas faltando três meses?


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A segunda edição do Concurso Nacional Unificado (CNU), que vai unificar em uma prova o processo de seleção dos servidores públicos, está com inscrições abertas. Os participantes terão até o dia 20 de julho para se inscrever.
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Ao todo são 3.652 vagas para cargos de níveis médio, técnico e superior. Os salários iniciais variam entre R$ 4 mil e R$ 16 mil.
Diferentemente da primeira edição, o CNU 2025 terá duas etapas:
➡️ A prova objetiva (múltipla escolha) será aplicada no dia 5 de outubro;
➡️ A prova discursiva será realizada apenas pelos aprovados na primeira etapa, em 7 de dezembro.
Serão convocados para a segunda fase os candidatos classificados em até nove vezes o número de vagas de cada cargo, tanto para ampla concorrência quanto para vagas reservadas. (veja como vai funcionar)
Faltando menos de três meses para o exame, o g1 conversou com especialistas para explicar o que fazer nesta reta final.
Veja abaixo algumas dicas de como se organizar para as provas:
Ainda é possível começar a estudar?
Precisa estudar todos os dias?
É o caso de priorizar algum conteúdo?
Dá para fazer um bom cronograma de estudos?
Qual tática usar em uma prova da FGV?
Como treinar a redação ou questão discursiva?
É possível encontrar materiais para estudo gratuito?
Segunda edição do Concurso Nacional Unificado (CNU
Ministério da Gestão e Inovação
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1. Ainda é possível começar a estudar?
Apesar do prazo parecer apertado, ainda sim é possível começar a estudar para as provas do Concurso Nacional Unificado (CNU). Segundo o professor Bruno Bezerra, do Estratégia Concursos, é importante que o candidato tenha uma preparação eficiente e bem planejada.
“No primeiro CNU, muitos candidatos começaram após a publicação do edital e conquistaram a aprovação. Isso se deve, em parte, ao fato de que o edital trouxe conteúdos novos para todos. O mesmo aconteceu agora no CNU de 2025, e pode ajudar a nivelar a concorrência”, completa o especialista.
O professor alerta que com cerca de três meses até a prova, é importante organizar bem o tempo disponível e montar um plano de estudos que inclua:
Estudo da teoria com bons materiais;
Resolução de questões anteriores da banca organizadora – a Fundação Getulio Vargas (FGV);
Revisões periódicas;
E, mais adiante, simulados para treinar tempo e estratégia de prova.
“Também é fundamental priorizar os conteúdos com maior peso na prova, especialmente os eixos temáticos específicos de cada cargo. Com foco e disciplina, ainda dá tempo de chegar bem preparado”, afirma Bruno Bezerra.
Para a professora Letícia Bastos, do Gran Concursos, é essencial não se deixar paralisar pela ideia de que “já passou da hora”. Isso porque, cada candidato tem seu próprio ritmo e realidades diferentes.
“Com organização, foco e disciplina, é possível aproveitar bem o tempo até a prova. O ideal é começar agora, o quanto antes, e estudar com regularidade. O diferencial está na constância e estratégia usada nos estudos”, explica.
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2. Precisa estudar todos os dias?
O ideal é estudar com regularidade, mas isso não significa que seja necessário passar o dia inteiro na frente dos livros. Mesmo quem só consegue uma ou duas horas por dia pode avançar bastante, desde que mantenha constância e foco.
“O segredo está na regularidade e na qualidade do estudo, mais do que na quantidade de horas”, afirma a professora Letícia Bastos.
Ou seja: não precisa estudar todos os dias a qualquer custo, mas aproveitar bem o tempo disponível com uma estratégia eficiente.
Para quem tem uma rotina imprevisível ou trabalha em turnos, o mais importante é organizar a semana e aproveitar bem o tempo disponível, priorizando qualidade no lugar da quantidade.
O recomendado é estudar o máximo que se conseguir, desde que de forma sustentável e realista até o dia da prova.
Segundo Bruno Bezerra, do Estratégia, o ideal é fazer um plano de estudo que priorize:
Disciplinas com maior peso na prova (como os eixos temáticos específicos nos blocos 1 a 7);
Os assuntos mais cobrados pela Fundação Getulio Vargas (FGV), identificados por meio da resolução de provas anteriores;
Equilíbrio entre teoria, questões e revisões.
Cada pessoa tem uma rotina diferente. O mais importante é organizar a semana, mapear os horários disponíveis e montar um plano de estudos bem direcionado.
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3. É o caso de priorizar algum conteúdo?
O ideal é não deixar nenhum conteúdo de lado para priorizar um tema específico. Segundo os especialistas, o candidato precisa fazer uma leitura de todas as matérias que serão cobradas no bloco temático escolhido.
“O que se pode fazer, e isso se aplica a todos os concursos, é, uma vez que já se sabe com alguma propriedade todos os assuntos abordados, privilegiar aqueles que tendem a trazer mais questões, como Língua Portuguesa”, afirma Gabriel Henrique Pinto, diretor da Central de Concursos.
Porém, especialistas alertam que o participante também precisa ficar atento aos conteúdos específicos. Cada bloco tem disciplinas com maior peso, por isso é fundamental conhecer bem o conteúdo programático do seu bloco e dar mais atenção às disciplinas prioritárias.
Bruno Bezerra, do Estratégia, explica que isso não significa abandonar completamente os assuntos menos cobrados, mas organizar o plano de estudos de forma inteligente, com mais tempo dedicado ao que tem maior peso na prova.
“No caso do bloco 8 (Saúde), por exemplo, a disciplina de Saúde tem um destaque maior, então é essencial que os candidatos concentrem os estudos nela, além de Português e Matemática, que têm peso significativo em todos os blocos”, diz a professora Letícia.
Além disso, no caso do nível médio, conteúdos como interpretação de texto em Língua Portuguesa representam cerca de um terço das questões aplicadas pela FGV, o que também merece atenção especial.
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4. Dá para fazer um bom cronograma de estudos?
Com menos de três meses até a prova, é essencial ter um cronograma realista, baseado nos seguintes pilares:
🕗 Tempo disponível na rotina;
🏋🏽Disciplinas com maior peso no bloco;
✍🏽Estilo da banca Fundação Getulio Vargas (FGV).
De acordo com o Bruno Bezerra, um bom plano de estudos deve incluir:
✔️ Estudo da teoria com bons materiais;
✔️ Resolução de questões anteriores da FGV;
✔️ Revisões regulares para fixação;
✔️ Simulados periódicos, especialmente mais próximos da prova;
Neste momento, não é necessário se preocupar ainda com a etapa discursiva. A prioridade deve ser conquistar um bom desempenho na prova objetiva.
Para ser estratégico, o candidato deve:
Mapear os horários disponíveis na sua rotina, mesmo que não consiga estudar todos os dias;
Priorizar as disciplinas com maior peso na prova, como os eixos temáticos de maior relevância no bloco escolhido (no caso dos cargos de nível superior);
Focar nos assuntos mais cobrados pela FGV, que podem ser identificados por meio da resolução de questões de concursos anteriores.
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5. Qual tática usar em uma prova da FGV?
A FGV é conhecida por provas longas e interpretativas, que exigem muito mais do que simples memorização. O professor Bruno destaca que uma das principais características da banca é a cobrança de questões inteligentes, ou seja: decorar conteúdos não é suficiente.
O candidato precisa compreender profundamente a teoria e saber aplicar o conhecimento a situações práticas e contextualizadas.
Para ir bem, o participante precisa:
🔹 Compreender a teoria a fundo: é importante estudar com foco em compreensão, e não apenas em memorização.
🔹 Resolver muitas questões de concursos anteriores da FGV, para entender o estilo da banca e os temas mais recorrentes.
🔹 Treinar gestão do tempo com simulados. A FGV costuma aplicar provas extensas, onde não é incomum faltar tempo para concluir todas as questões.
🔹 Ficar atento a jurisprudências e atualizações legislativas – especialmente nas disciplinas de Direito.
“Em resumo, o candidato deve buscar uma preparação ativa, estratégica e voltada para o perfil da banca — que valoriza análise, interpretação e aplicação prática do conteúdo”, completa o especialista em concursos publicos.
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6. Como treinar a redação ou questão discursiva?
A prova escrita está marcada para 7 de dezembro, dois meses após a prova objetiva. Por isso, a orientação neste momento é deixar esse preparo para depois da primeira etapa.
Nos blocos de nível superior (1 a 7), o desafio será responder a duas questões discursivas sobre os conhecimentos específicos do cargo. Já os blocos intermediários (8 e 9) terão uma redação dissertativa-argumentativa, com temas atuais.
Porém, segundo os especialistas, a melhor forma de se preparar para a redação e as questões discursivas do CNU é escrevendo com frequência. Muitos candidatos focam apenas na teoria, mas a prática é essencial.
A redação é uma questão de técnica e prática. Existem detalhes técnicos que diferenciam um bom texto dos demais, mas só com muita prática se atinge um nível avançado nesse quesito.
“Uma dica para quem não pode contratar um bom curso é usar as inteligências artificiais na hora da correção, ao praticar”, completa o diretor da Central de Concursos.
Para esse treino, a professora Letícia alerta que o ideal é escolher temas atuais ou relacionados à área do bloco e escrever com frequência, mesmo que seja uma vez por semana.
Depois, é importante comparar o que foi escrito com textos bem avaliados, identificar o que pode ser melhorado e reescrever o texto. Outra opção é estudar modelos de redações nota máxima e observar como elas são estruturadas.
Para quem tiver acesso e condições, contar com a correção de um professor pode acelerar muito esse processo. Porém, mesmo sem isso, a professora explica que é possível evoluir com prática e autocrítica.
No geral, as principais dicas para treinar a redação ou questão discursiva são:
Estudar a teoria com profundidade, para ter conteúdo ao escrever.
Praticar a escrita com frequência após a prova objetiva.
Analisar modelos bem avaliados e, se possível, temas já aplicados pela FGV.
Usar IA ou correções de professores para aprimorar o desempenho.
Reescrever textos quantas vezes for necessário após revisão.
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7. É possível encontrar materiais para estudo gratuito?
Atualmente, é possível encontrar diversos cursos preparatórios para concursos, mas nem todos os candidatos têm condições financeiras de pagar por essas aulas. Uma recomendação dos professores é buscar conteúdos gratuitos na internet.
No YouTube, por exemplo, estão disponíveis lives que analisam os editais, além de videoaulas que focam em temas específicos. Ainda é possível encontrar provas de concursos anteriores e cartilhas em sites de órgãos do governo federal que abordam temas previstos no edital.
“É possível encontrar conteúdo gratuito de qualidade na internet, como videoaulas no YouTube, apostilas disponibilizadas por professores e instituições, além de editais anteriores e provas comentadas que ajudam muito na preparação”, explica a professora Letícia.
Também vale a pena acompanhar canais que abordam o conteúdo do CNU e oferecem dicas de estudo. Basta pesquisar por termos como “aula gratuita CNU” ou “aula CNU bloco X”, que o candidato encontrará conteúdos atualizados e relevantes.
“Outra estratégia essencial é a resolução de questões anteriores da banca FGV, disponíveis em plataformas de bancos de provas, ou diretamente no site da FGV. Isso ajuda a entender o estilo da banca e os temas mais cobrados — uma parte crucial da preparação”, completa Bruno Bezerra.
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