Violência contra a mulher
G1
Campinas (SP) registrou, em 2024, duas denúncias de violência contra mulheres por dia através do Disque 100, segundo dados do Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania.
O número de denúncias aumentou 14,5% – foram 756 em 2023, contra 866 no ano passado. Até o dia 3 de agosto de 2025, foram registradas 304 denúncias.
Entre as principais denúncias feitas este ano, estão as de caso de violência psíquica, seguidas de violência física, negligência e violência patrimonial. Confira abaixo.
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Violações de direitos
Os 304 registros de violência feitos em 2025, até o momento, denunciaram 1763 violações de direitos. Isso acontece porque uma única denúncia pode conter mais de um tipo de violência cometida contra a vítima.
A maioria das denúncias realizadas relataram casos de violação à integridade da vítima, chegando a 1475, ou seja, 88,2% do total.
Entre as violações de integridade das vítimas, as principais denúncias registradas envolviam violência psíquica, com 60% dos registros, seguidas de violência física (25,9%), negligência (10,6%) e patrimonial (3,5%).
Diferenças entre os tipos de violência
A presidente da Comissão de Combate à Violência Contra Mulher da OAB Campinas, Fabia Bigarani, explica que a maioria dos casos se inciam com a violência psicológica.
“Ele isola ela dos familiares, ele isola ela do meio que ela convive, seja estudantil, seja trabalho, seja os dois. Nós temos a violência física, que normalmente é a violência mais popular”, ressalta.
Segundo Bigarani, outras formas de violência são a sexual e a patrimonial, que muitas vítimas não sabem identificar.
“Muitas mulheres acreditam que elas não sofrem violência sexual, que elas são obrigadas a praticar atividades sexuais com seus companheiros. E não, o direito da mulher dizer não é a todo e qualquer momento. E a violência patrimonial, que muitas mulheres não identificam, é quando os companheiros agressores fazem dívidas”, exemplifica.
Disque 100: Campinas registra 2 denúncias de violência contra mulheres por dia
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