
Macaé Evaristo fala sobre avanços e desafios da presença feminina na política e gestão pública
Bruna Radtke/NSC TV
Durante entrevista para a NSC TV, a ministra dos Direitos Humanos, Macaé Evaristo, refletiu sobre os avanços e os desafios enfrentados pelas mulheres na política e na gestão pública. A ministra estava em Florianópolis nesta terça-feira (12) para participar de atividades institucionais na Defensoria Pública e Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC).
Macaé destacou que houve avanços importantes, como a sanção da lei de igualdade salarial entre homens e mulheres em 2023 e a obrigatoriedade de destinação de recursos do fundo eleitoral para candidaturas femininas. No entanto, pontuou que o crescimento da presença feminina nos espaços de poder ainda é lento.
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“É difícil avançar dentro do Congresso Nacional com pautas como cotas para mulheres no Legislativo. Crescemos, mas muito mais devagar do que gostaríamos”, afirmou.
A ministra também chamou atenção para a resistência conservadora que ainda tenta excluir mulheres da vida pública. “É terrível pensar que, no século XXI, ainda ouvimos que o lugar da mulher é em casa. Mas já mostramos, com competência e capacidade de diálogo, que nossa presença é essencial.”
A ministra também exaltou a memória de Antonieta de Barros, primeira deputada negra do Brasil e referência na luta por educação e valorização das mulheres.
“Ela é sempre uma inspiração para todas as mulheres que sonham com espaços de liderança. Era professora, criou o Dia do Professor e defendia a valorização da educação e das mulheres. É incrível como, mesmo depois de tanto tempo, seguimos com pautas muito próximas”, disse a ministra.
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Desafios na gestão pública
Ao falar sobre a gestão pública, Macaé apontou a falta de visibilidade como um dos principais obstáculos. Ela defendeu que mulheres são competentes e que ocupar esses espaços ajuda a desmontar o mito histórico da incapacidade feminina para cargos de liderança.
“Para cada cinco currículos de homens, recebemos uma indicação de mulher. É preciso ter método e determinação para garantir a participação feminina nas equipes”, disse.
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