Mulheres vítimas de violência podem pedir auxílio-aluguel de R$ 500 em Araraquara


Araraquara integra programa que garante auxílio-aluguel para vítimas de violência
Para ajudar na autonomia de mulheres que sofrem violência, Araraquara (SP) lançou um programa de auxílio-aluguel. A prefeitura faz a triagem das beneficiárias e o pagamento é feito pelo governo estadual.
A ajuda de custo no valor de R$ 500 é paga por seis meses, com possibilidade de renovação por mais um período, de igual duração.
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Têm direito ao auxílio mulheres que possuam medida protetiva expedida pela Justiça, estejam em situação de vulnerabilidade e cuja renda, até o momento da separação, não ultrapasse dois salários mínimos.
Segundo Lais Cristine Redondo de Conti, chefe da Divisão de Suporte às Políticas das Mulheres, o auxílio-aluguel é uma oportunidade para recomeçar. “A mulher pode voltar a estudar, trabalhar, se reestruturar para recuperar a autonomia”, disse.
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Marcas da violência
Mulheres vítimas de violência podem pedir auxílio-aluguel de R$ 500 em Araraquara
Fábio de Souza/EPTV
Vítima de um relacionamento de 12 anos marcado pela violência, a servidora pública Viviane Cristina Ferreira tem uma filha com o ex-marido e não recebe pensão, o que dificulta a situação financeira. Por isso, ela acabou de se inscrever no programa.
Viviane contou que precisou sair da periferia de Araraquara, onde morava, para recomeçar a vida e que até hoje está difícil se reerguer.
“Mesmo sendo uma servidora pública, não é fácil ser mãe solo, ainda mais em um momento tão delicado que a gente passa, que é a agressão física e psicológica”, disse.
A servidora lembrou que, quando vivia o relacionamento abusivo, não podia trabalhar e era ameaçada diariamente. “Recorri à polícia e tenho mais de 14 boletins de ocorrência. Logo no segundo, consegui a medida protetiva”, contou.´
Viviane, que hoje arca com R$ 600 de aluguel, acredita que o auxílio extra vai ser fundamental no processo de mudança. Com essa ajuda, ela acredita que vai conseguir garantir roupas melhores para a filha e investir na formação dela com mais apoio.
Ajuda
Lais Cristine Redondo de Conti, chefe da Divisão de Suporte às Políticas das Mulheres em Araraquara (SP)
Fábio de Souza/EPTV
As vítimas de violência em Araraquara podem procurar o Centro de Referência de Assistência Social (Cras), o serviço de Assistência Social ou o Centro de Referência da Mulher, que também faz uma análise da documentação e encaminhamento.
“Esse suporte é de seis meses e, caso necessite de um tempo ainda maior, a gente pode prorrogar esse benefício por mais seis meses”, explicou Elisangela Gudeliauskas, assistente social do Cras.
A violência contra a mulher é um crime crescente e, muitas vezes, silencioso. Segundo a advogada Carla Missurino, ainda há muitas subnotificações.
“Muitas mulheres deixam de denunciar porque estão com os filhos, têm dependência financeira ou simplesmente não sabem para onde ir. Por isso, é fundamental que a rede de proteção e o protocolo de atendimento sejam eficazes”, afirmou.
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