
Bolívia: candidatos de direita são favoritos em eleição neste domingo
A Bolívia fechou a fronteira com o Brasil neste domingo (17) devido às eleições gerais. O trânsito de veículos está suspenso, e a passagem entre os dois países só pode ser feita a pé, das 0h às 21h.
A medida foi adotada por autoridades bolivianas como parte do esquema de segurança para o dia da votação. Durante esse período, a entrada no país só será permitida em casos emergenciais e com autorização prévia.
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No lado brasileiro, a Polícia Federal mantém o atendimento nos postos de fiscalização migratória. Já a segurança na Bolívia está sob responsabilidade das Forças Armadas do país.
Em Corumbá (MS), única cidade de Mato Grosso do Sul com votação boliviana, cerca de 12 mil bolivianos devem votar neste domingo no consulado do país. No Brasil, segundo o órgão, 47 mil bolivianos estão aptos a votar.
Eleições na Bolívia
Cerca de 7,5 milhões de bolivianos votam neste domingo (17) em eleições presidenciais com favoritismo de candidatos de direita.
Os eleitores vão votar para presidente, vice-presidente, senador e deputados. Segundo pesquisas de intenção de votos recentes, a eleição deste ano deve romper com o histórico recente do país e pode ter, pela primeira vez, um segundo turno.
Conforme as pesquisas eleitorais mais recentes, é a primeira vez em 20 anos que os partidos de esquerda não lideram a disputa. Os dois principais candidatos são de direita e centro-direita:
O empresário Samuel Doria Medina, da Aliança Unidade, ex-ministro do Planejamento;
O ex-presidente Jorge “Tuto” Quiroga, da Aliança Livre.
O único candidato de esquerda entre os cinco mais bem colocados é Andrónico Rodríguez, da Aliança Popular. A esquerda boliviana enfrenta forte queda desde a crise política envolvendo Evo Morales, que governou o país por 13 anos.
Este cenário, de um possível segundo turno pode ocorrer pela primeira vez desde 2009, quando o sistema foi implementado. A possibilidade se deve à grande fragmentação dos votos entre os candidatos.
Fronteira entre a Bolívia e o Brasil, em Corumbá (MS).
Reprodução/ Jaderson Moreira
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