Trump diz que vai assinar ordem executiva para proibir votos pelo correio e urnas eletrônicas


Trump fala com repórteres de dentro do avião
Kevin Lamarque/Reuters
O presidente dos EUA, Donald Trump, disse nesta segunda-feira (18) que vai assinar um decreto antes das eleições de meio de mandato de 2026 proibindo o voto pelo correio, modalidade permitida nas urnas americanas, além de urnas eletrônicas.
Segundo Trump, ele vai liderar “um movimento” visando suprimir o voto por correio e as urnas eletrônicas em todo o país.
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“Vou liderar um movimento para acabar com o voto por correio e também, já que estamos falando nisso, com as urnas eletrônicas altamente ‘imprecisas’, muito caras e seriamente controversas”, escreveu ele em uma publicação nas redes sociais.
A medida é vista como forma de enfraquecer o eleitorado democrata: como as votações ocorrem em dias de semana nos EUA, muitos eleitores de baixa renda — e tipicamente de oposição aos republicanos de Trump — enfrentam dificuldades para votar presencialmente. Dessa forma, muitos estados permitem que os votos sejam enviados por correspondência.
Já a reclamação em relação às urnas eletrônicas remonta às eleições de 2020, quando Trump e seus aliados mentiram sobre uma suposta fraude que teria dado a vitória ao democrata Joe Biden. Apesar de não ter havido alteração nas regras de votação, as alegações sobre fraude não ocorreram em 2024, quando Trump obteve uma vitória avassaladora nas urnas.
As eleições de meio de mandato de 2026 são vistas como cruciais pelos republicanos, pois podem fazer com que o partido de Trump perca a maioria das cadeiras nas duas casas do Congresso, o que dificultaria a aprovação de medidas da Casa Branca.
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Elogios ao sistema brasileiro
Em março deste ano, Trump assinou um decreto relativo ao sistema eleitoral dos EUA, prevendo que os eleitores passem a comprovar a cidadania americana para votar. Segundo a Casa Branca, a norma busca proibir “cidadãos estrangeiros de interferir nas eleições dos EUA”.
Na época, Trump elogiou o sistema eleitoral brasileiro.
“A Índia e o Brasil, por exemplo, estão vinculando a identificação do eleitor a um banco de dados biométrico, enquanto os Estados Unidos dependem amplamente da autodeclaração de cidadania”, diz o documento assinado pelo presidente dos EUA.
Já era proibido que estrangeiros e imigrantes ilegais votassem nos Estados Unidos, mas Trump diz que isso aconteceu nos últimos anos.
Esta reportagem está em atualização.
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