
‘Infância interrompida’, diz mãe de menino de 2 anos morto eletrocutado em Teresina
O proprietário, de 47 anos, e o gerente, de 35, de uma revendedora de gás foram denunciados pelo Ministério Público do Piauí (MPPI) por homicídio culposo. Eles são acusados pela morte de Arthur Luís Alves do Nascimento, de 2 anos, que sofreu uma descarga elétrica e morreu ao encostar em um fio exposto no letreiro da empresa, em novembro de 2024, em Teresina.
A denúncia foi apresentada na segunda-feira (18) e na quarta-feira (20), Aline Aragão, mãe de Arthur, publicou um vídeo nas redes sociais pedindo justiça pela morte do filho (assista acima). Nas imagens, ela se emocionou ao mostrar objetos que pertenciam à criança.
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“Nesse vídeo, vim pedir justiça pelo meu filho. O Arthur tinha 2 anos de idade quando brincava na calçada. Foi uma infância interrompida, uma família destruída. Tentei salvar o meu filho, ele tentou sobreviver. Ele teve seis paradas cardíacas no hospital e não consegui salvar a vida dele a tempo. Meu filho queimou”, relatou Aliny Walessa.
O MPPI ofereceu um acordo à defesa dos suspeitos, mas a proposta foi recusada. Ao g1, a defesa alegou que “existem inverdades no inquérito e que isso será provado na ação judicial”.
O inquérito sobre a morte da criança foi concluído em março deste ano. O delegado Thiago Damasceno, da 4ª Delegacia Seccional da Polícia Civil, informou ao g1 que o gerente e o dono da revendedora de gás foram indiciados por homicídio culposo por razão de negligência.
Arthur Luís Alves do Nascimento, de 2 anos, morreu eletrocutado em 26 de novembro de 2024, ao tocar em um fio de uma placa de iluminação em frente a uma revendedora de gás no bairro Promorar, Zona Sul de Teresina.
A placa estava eletrificada e Arthur, que brincava na calçada com outras crianças, tocou no objeto. Ele foi socorrido e levado à Unidade de Pronto Atendimento do bairro, mas sofreu várias paradas cardíacas e morreu na unidade. A mãe de Arthur presenciou o acidente.
Menino de 2 anos morre eletrocutado em Teresina
Arquivo pessoal
*Eduarda Barradas, estagiária sob supervisão de Ilanna Serena e Lucas Marreiros.
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