
Mobilidade elétrica no Amapá demanda infraestrutura adequada
Com o avanço da mobilidade elétrica, o Amapá dá passos importantes na troca de combustíveis fósseis por fontes mais limpas. A adoção de veículos elétricos tem crescido no estado, impulsionando a redução de poluentes e marcando uma transição para um transporte mais sustentável.
Além da substituição dos carros a combustão, o movimento envolve a instalação de pontos de recarga e o reconhecimento do papel estratégico da eletrificação na transição energética global.
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Empresários e profissionais do setor já sentem os impactos positivos. O empresário de tecnologia Wellison Figueiredo conta que reduziu os gastos com gasolina e manutenção.
“Antigamente, eu tinha muito gasto com gasolina e peças de motor. Isso gera um custo. Com o carro elétrico, são zero problemas com manutenção e gasolina”, afirmou.
Ponto de recarga de carro elétrico, em Macapá
Fabiana Figueiredo/GEA
Segundo a Agência de Proteção Ambiental dos Estados Unidos, veículos elétricos não emitem poluentes. Eles também oferecem recursos como comando de voz e podem fornecer energia para aparelhos eletrônicos e até residências.
Além de silenciosos, exigem menos manutenção, feita por quilometragem ou uma vez por ano. A gerente de concessionária Mírian Rocha explica que os carros elétricos têm menos peças sujeitas a desgaste.
“Além do valor da mão de obra, um carro a combustão traz um gasto a mais no valor da troca de peças que são de desgaste. Os elétricos não têm peças a serem trocadas. O que vai ser feito é uma manutenção em cima da suspensão e dos freios. Isso é um custo-benefício. As baterias não têm vida útil e não viciam”, explicou.
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Com o aumento das vendas, o Amapá ampliou a rede de recarga. Já há quatro postos em funcionamento nas cidades de Macapá, Porto Grande e Tartarugalzinho.
“Um carregador rápido, por exemplo, leva cerca de 40 minutos para abastecer um veículo, dependendo do modelo”, explica Paulo Tarso Júnior, diretor de uma empresa de soluções energéticas.
Há também carregadores portáteis, que levam de sete a oito horas para completar a carga, e modelos padrão, com tempo médio de quatro a cinco horas.
“Os usuários de veículos para trabalho necessitam de carregamento na rua. É uma solução para suprir as necessidades”, acrescenta o diretor.
Segundo Mírian Rocha, o consumidor de carros elétricos costuma ser alguém ligado à tecnologia, preocupado com o meio ambiente e atento aos gastos. Ela afirma que cerca de 300 unidades já foram vendidas, o que mostra o aumento da procura por esse tipo de veículo.
A especialista em design de projetos de energia renovável, Milena Megre, afirma que a eletrificação da frota é essencial para reduzir o uso de combustíveis fósseis e a emissão de gases poluentes. Segundo ela, essa mudança contribui para alcançar os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), que buscam garantir energia limpa e acessível até 2030.
“No Brasil, a gente tem visto uma entrada maior dos veículos elétricos que são aderidos nas metrópoles das grandes cidades, até como contrapartida ao preço dos combustíveis, seja gasolina ou etanol, pois há uma redução de custos no fim do mês. Abastecer com eletricidade para o uso urbano é vista por muitas pessoas como uma boa solução”, conclui Megre.
Carro elétrico em Macapá
João Pantoja/Rede Amazônica
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