
SP registra 2,2 mil casos de doenças causadas por água e alimento contaminados em 2025
O professor de educação Aírton Junior, que atua em Campinas (SP), passou uma semana internado após comer um alimento contaminado com a bactéria salmonella. No período internado, teve diarreia, vômito, febre de 40ºC e a sensação de que iria morrer.
“Era um mal estar assim, absurdo. Era muita diarreia, dor de barriga, vômito… 39ºC, 40ºC de febre. Aí fui para o hospital e eles internaram de primeira, assim. Já cheguei lá, eles abriram o protocolo de infecção”, descreve.
O professor suspeita que a infecção tenha sido causada por um alimento que comeu em uma barraquinha na rua. “No dia seguinte foi o dia que eu já fui para o hospital. Eu já estava com febre, passei mal a noite inteira. Foi bem, bem forte”, relembra.
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Doenças de Transmissão Hídrica e Alimentar (DTHA)
Exemplos de doenças de transmissão hídrica e alimentar
Secretaria Estadual de Saúde
Segundo o Ministério da Saúde, existem cerca de 250 Doenças de Transmissão Hídrica e Alimentar (DTHA), que podem ser causadas por bactérias, vírus, parasitas intestinais oportunistas ou substâncias química. Dentre elas, a salmonelose, que é a infecção por salmonella.
No estado de São Paulo, 2.251 casos de DTHAs foram registrados de janeiro até agosto deste ano. Houve 180 surtos das doenças no mesmo período, segundo a Secretaria Estadual de Saúde.
🔎O surto de DTHA é configurado quando duas ou mais pessoas apresentam a doença após ingerirem comida ou bebida da mesma origem e, normalmente, em um mesmo local.
Como tratar?
O médico gastroenterologista Hércio Cunha explica que a orientação geral aos paciente é adotar repouso, muita hidratação e ingerir comida leve, além de monitorar os sintomas e, em caso de piorar, procurar o hospital.
“Se tiver febre, vomitando muito, porque pode desidratar o paciente, isso é muito ruim. Às vezes tem que procurar um hospital para tomar um soro, para ser medicado”.
Salmonella mata?
O médico gastroenterologista afirma que idosos são mais suscetíveis a ter efeitos mais graves.
“A salmonella, [em] casos graves, a gente tem que, às vezes, ter internação e risco até de óbito”, explica.
Professor de educação física Aírton Júnior, de Campinas, ficou internado por salmonelose
Reprodução/EPTV
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