Salvador recebe estreia mundial de espetáculo protagonizado por Wagner Moura


Salvador recebe estreia mundial de espetáculo protagonizado por Wagner Moura
Natacha Pisarenko/Invision/AP
Salvador vai receber a estreia mundial de “Um Julgamento – Depois de Um Inimigo do Povo”, espetáculo protagonizado por Wagner Moura e dirigido pela premiada cineasta e encenadora Christiane Jatahy. A temporada acontece de 3 a 12 de outubro, no Trapiche Barnabé, no bairro do Comércio.
A peça marca o retorno de Wagner Moura ao teatro após anos dedicado ao cinema internacional. Em maio, Wagner Moura o prêmio de Melhor Ator no Festival de Cannes 2025 por sua atuação em O Agente Secreto, dirigido por Kleber Mendonça Filho. O longa, ambientado durante a ditadura militar brasileira, destaca-se por sua abordagem estilizada e crítica à repressão política da época.
A trama é inspirada em Um Inimigo do Povo, clássico do dramaturgo Henrik Ibsen. No palco, o ator interpreta Thomas Stockmann, médico que denuncia a contaminação das águas de sua cidade e passa a enfrentar um julgamento público para provar que não é “um inimigo do povo”.
O texto é resultado da colaboração entre Christiane Jatahy, Wagner Moura e o roteirista Lucas Paraizo. O elenco ainda conta com Danilo Grangheia e Julia Bernat, além da participação de Marjorie Estiano, que aparece em vídeo em um recurso que mistura teatro e cinema em cena.
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Os ingressos custam R$ 15 (meia-entrada e clientes Banco do Brasil e R$ 30 (inteira). As apresentações serão às 20h nos dias de semana, 21h aos sábados e 19h aos domingos. Já no dia 7 de outubro, não haverá sessão.
A montagem é uma realização do Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB), que está em processo de instalação da sua primeira unidade em Salvador, no Palácio da Aclamação, no Campo Grande.
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Trajetória no teatro baiano
Natural de Salvador, o ator passou parte da infância em Rodelas, no interior do estado. Durante a adolescência, ao retornar à capital baiana, iniciou sua carreira no teatro. Wagner também se formou em jornalismo pela Universidade Federal da Bahia (Ufba).
Aos 16 anos, ele já atuava nos palcos de Salvador e participou de peças como Cuida Bem de Mim e A Casa de Eros. Em 1997, sua performance em Abismo de Rosas, dirigida por Fernando Guerreiro, lhe rendeu o prêmio Revelação no Prêmio Braskem de Teatro.
O reconhecimento nacional veio com a peça A Máquina, de João Falcão, em 2000, em que atuou ao lado de Lázaro Ramos e Vladimir Brichta. O espetáculo abriu portas para Wagner Moura no cinema e na televisão.
Em 2007, ele interpretou o personagem Boca no filme Ó Paí, Ó, que foi gravado no Pelourinho, em Salvador, e protagonizado por Lázaro Ramos. Os artistas possuem uma forte ligação e são amigos de longas datas.
Os dois ainda gravaram juntos o programa Sexo Frágil, na TV Globo, em 2003. Lázaro Ramos interpretou o personagem Fred e Wagner Moura, Edu. Também faziam parte da trama Bruno Garcia, como Alex, e Lúcio Mauro Filho, que fazia Beto. Os quatro eram amigos que se esforçavam para entender o “universo das mulheres”.
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