Isabelle Nogueira e o ator Adanilo na Glocal Amazônia 2025
Patrick Marques, g1 AM
A ex-BBB e cunhã-poranga do boi Garantido, Isabelle Nogueira, e o ator Adanilo falaram sobre a importância de difundir a cultura e identidade amazônica para o mundo durante um painel no segundo dia da Glocal Amazônia 2025, nesta sexta-feira (29).
O painel, intitulado “Da Amazônia para o Mundo – Arte e Cultura como Potência Global”, foi mediado por Robério Braga e contou com a participação do artista amazonense Jande Reis.
Isabelle, que também é embaixadora do Festival Folclórico de Parintins, destacou como utiliza sua visibilidade para defender pautas amazônicas.
Durante a conversa, Isabelle reforçou a relevância de valorizar as raízes da região e o impacto disso na população.
“O Amazonas possui um vocabulário único, com muitas palavras derivadas do tronco linguístico tupi, que devemos valorizar. Recebi relatos de pessoas que, após nossos eventos, redescobriram e passaram a usar elementos de sua identidade, como brincos de pena que estavam guardados há anos”, pontuou.
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A cunhã-poranga do Boi Garantido falou, ainda, sobre a importância de valorizar a cultura e identidade amazônica e como isso pode impactar positivamente a população e a região.
“Ao demonstrarmos orgulho de ser amazônidas, inspiramos outros a se reconhecerem, a se apropriarem de sua identidade e a compartilharem seu orgulho. Isso impulsiona a visibilidade, a economia criativa, a gastronomia e o turismo”, destacou.
Adanilo lembrou de como trouxe a cultura amazônica para suas atuações na TV:
“Eu quis que o meu personagem fosse manauara, que ele abusasse da cultura amazonense que a gente conhece tão bem. Durante a novela eu comi tambaqui, x-caboquinho, usei roupas dos boi-bumbás de Parintins e gírias locais A recepção das pessoas, principalmente aqui em Manaus, foi incrível. Sentimos falta de nos ver representados na arte nacional, e o Amazonas também faz parte disso”, disse.
Isabelle ainda destacou a importância de eventos como a Glocal Amazônia para posicionar a região no debate global, especialmente em relação à COP30, que será realizada em novembro em Belém (PA).
“Embora a COP30 já esteja em processo de organização, eventos como o Glocão, ainda que não oficialmente, funcionam como preparatórios. Eles promovem debates sobre como destacar a Amazônia de forma sustentável. Esses eventos são essenciais, e a COP30 terá impactos positivos para o Brasil e o mundo”, contou.
O painel evidenciou como artistas e eventos culturais podem fortalecer a identidade amazônica, gerar visibilidade nacional e internacional e impulsionar setores como economia criativa, turismo e gastronomia, mostrando que a cultura da região tem potencial global.
